Brasileirão precisa ter prêmio Textor de desvio de foco. Fla concorreria

Domingo, 5 de maio de 2024 às 12:22

Autor: Colunista do UOL

O comportamento de dirigentes e treinadores no Campeonato Brasileiro tem desviado o foco dos problemas de seus times, usando a arbitragem ruína como escudo. As recentes acusações de manipulação de resultados feitas pelo dono da SAF do Botafogo, John Textor, deram margem a uma nova tática: explorar as críticas à arbitragem para desviar o foco das falhas próprias.

No caso do Flamengo, o vice-presidente de futebol Marcos Braz e o diretor Bruno Spindel assumiram a coletiva de imprensa após o empate com o Red Bull Bragantino, em vez do técnico Tite. Aproveitando as declarações de Textor, Braz insinuou a existência de interferência externa nas decisões do VAR, sem apresentar provas. Sua intenção era evitar que Tite enfrentasse críticas pela vaia da torcida e pelo fraco desempenho do time no Brasileirão, que não tem apresentado o mesmo nível exibido no Campeonato Carioca.

Outras equipes também adotaram essa estratégia. Renato Gaúcho, após a derrota do Grêmio para o Bahia, fez referência às acusações de Textor para atacar a arbitragem e desviar a atenção das falhas do seu time. Ele saiu do banco de reservas com seus jogadores em protesto contra a expulsão de Diego Costa, ganhando destaque na mídia que provavelmente seria dado às falhas do Grêmio.

Assim, o barulho feito por Textor sobre manipulação de resultados, em vez de explicar os tropeços do Botafogo, tornou-se um pretexto para que rivais atacassem a péssima arbitragem brasileira e ao mesmo tempo desviassem o foco de críticas internas.

Para avaliar a eficiência dessa tática, foi sugerida a criação do "Prêmio John Textor", que reconheceria os mais criativos e persistentes na prática do desvio de foco. A diretoria do Flamengo e Renato Gaúcho seriam fortes candidatos à premiação.