Logo Urubu FC
Início
Notícias
O feminicídio de uma maratonista olímpica e a nossa brutal realidade

O feminicídio de uma maratonista olímpica e a nossa brutal realidade

O feminicídio de uma maratonista olímpica e a nossa brutal realidade

Rebecca Cheptegei, maratonista de Uganda, durante corrida em Budapeste em 2023 Imagem: Jiang Qiming/China News Service/VCG

UOL
Quinta-feira, 5 de setembro de 2024 às 15:19

Autor: Colunista do UOL

A maratonista ugandense Rebecca Cheptegei, de 33 anos, foi assassinada pelo namorado, Dickson Ndiema Marangach. Em uma discussão, Marangach derrubou um galão de gasolina sobre a atleta e ateou fogo. Após quatro dias com 80% do corpo queimado, Cheptegei sucumbiu aos ferimentos.

Esta trágica história destaca o problema alarmante do feminicídio e a ameaça constante enfrentada pelas mulheres, mesmo dentro de suas próprias casas. Dados globais de abuso e estupro revelam que aqueles próximos muitas vezes representam o maior perigo.

No esporte, a situação não é diferente. Ana Paula Marques competiu nos Jogos Paralímpicos de Paris após ficar paraplégica devido a tiros disparados pelo ex-namorado. Flávia Maria Lima viajou para as Olimpíadas com medo de perder a guarda da filha, pois o pai usava suas ausências para alegar abandono parental.

Apesar da sobrecarga, ataques e violência que enfrentam, as mulheres continuam resilientes. Elas não recorrem sistematicamente à violência, mesmo diante de negligência ou agressão física.

Em contraste, os homens respondem à frustração e à rejeição com violência extrema, matando em situações de traição, separação ou discussão. O despejo de líquido inflamável e a queima do corpo de alguém que alegam amar é um ato de crueldade sem precedentes.

A violência contra as mulheres é generalizada e multifacetada. Mesmo as mais rápidas e resilientes não estão imunes aos perigos que enfrentam diariamente, um lembrete sombrio da necessidade de combater o feminicídio e proteger as mulheres de todas as formas de violência.

Últimas notícias


Mais lidas

Receba as notícias

no Telegram