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No assédio sexual, a melhor defesa é o ataque

No assédio sexual, a melhor defesa é o ataque

No assédio sexual, a melhor defesa é o ataque

assédio sexual Imagem: iStock

UOL
Sexta-feira, 6 de setembro de 2024 às 16:15

Autor: Colunista do UOL

A estratégia de descredibilizar vítimas de violência contra mulheres e assédio é amplamente utilizada para silenciá-las. Desconfiança, questionamentos e ataques são empregados para intimidar e afastar apoio às vítimas.

Ao enfrentar ameaças e desconfiança, o medo se instala, impedindo que mulheres denunciem. Essa retaliação transforma uma preocupação teórica em uma realidade assustadora.

A neutralidade nesses casos é cúmplice, pois equipara a probabilidade de acusações falsas às estatísticas alarmantes de violência contra a mulher. Duas a cada minuto são estupradas no Brasil, e essa realidade não pode ser comparada a casos isolados de falsas acusações.

A desculpabilização dos homens é facilitada por questionamentos sobre o comportamento das vítimas. Justificativas como o que ela vestia ou o local onde estava deslocam a responsabilidade para as vítimas, deixando-as profundamente isoladas.

Defender as vítimas, mesmo que "supostas", é crucial para evitar que menos mulheres denunciem. É preferível correr o risco de defender uma possível mentirosa do que desamparar uma vítima ou apoiar um agressor.

Criar ambientes desconfortáveis para predadores é essencial para prevenir violência. Isso inclui desafiar comportamentos inadequados e apoiar mecanismos de denúncia seguros.

O silenciamento das vítimas não pode ser tolerado. É preciso estar do lado delas, denunciar agressores e garantir que tenham apoio e proteção. A melhor defesa contra a violência é quebrar o ciclo de intimidação e descredibilização.

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