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CPI das Apostas: investigado diz ter provas no Whatsapp e medo da morte

CPI das Apostas: investigado diz ter provas no Whatsapp e medo da morte

CPI das Apostas: investigado diz ter provas no Whatsapp e medo da morte

William Rogatto é um dos principais alvos da CPI das Apostas no Senado Imagem: Reprodução/YouTube

UOL
Sexta-feira, 11 de outubro de 2024 às 09:30

Autor: Colunista do UOL

William Rogatto, investigado na CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas, concedeu entrevista exclusiva ao UOL e afirmou que está disposto a deixar Portugal, onde reside atualmente, para se entregar às autoridades brasileiras em breve. Ele tomou essa decisão devido ao medo de morrer e à repercussão negativa que suas ações tiveram em sua família.

Rogatto se autointitula "réu confesso", mas não forneceu detalhes sobre os procedimentos ilegais que realizava. Entretanto, afirmou ter provas como fotos, áudios e troca de mensagens no WhatsApp que podem corroborar suas afirmações.

O empresário se mostrou incomodado com a descredibilização que tem sofrido na imprensa esportiva brasileira. Ele argumenta que manipulou resultados em 42 rebaixamentos de clubes de futebol em 26 estados e no Distrito Federal, gerando lucros de R$ 300 milhões.

O ápice de suas atividades foi o rebaixamento do Santa Maria-DF. Rogatto afirma se arrepender desta ação, pois reconhece que prejudicou torcedores e clubes. Ele também admite que continuou praticando fraudes em 2021 e 2022, sendo responsável por mais dois rebaixamentos.

Questionado sobre a possibilidade de cumprir pena de prisão, Rogatto afirma estar preparado mentalmente para isso. Ele ressalta que considera seus atos como erros, mas não como crimes que mereçam a punição extrema. Rogatto cita o caso de Pedrinho Matador, que foi condenado por múltiplos assassinatos e cumpriu pena de 30 anos, mas teve uma segunda chance após demonstrar mudança de comportamento.

O empresário declara que pretende pagar por seus erros, mas critica a falta de coerência nas reações a seu caso, comparando-os com escândalos de corrupção na política. Ele afirma que passou por situações ameaçadoras e teme que prejudique ainda mais sua família com suas revelações.

Rogatto enfatiza que sua intenção não é pedir impunidade, mas sim uma punição justa. Ele acredita que pode contribuir com as investigações fornecendo indícios das práticas ilegais, mas sem revelar nomes. Ele também afirma que, se sua mãe for afetada negativamente devido às consequências de suas ações, "a guerra começa" e ele não poupará esforços para proteger sua família.

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