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Mesmo que não saia, negócio da Arábia Saudita com Vini Jr. já deu certo

Mesmo que não saia, negócio da Arábia Saudita com Vini Jr. já deu certo

Mesmo que não saia, negócio da Arábia Saudita com Vini Jr. já deu certo

Vini Jr com a medalha de campeão da Champions após o título do Real Madrid Imagem: Hannah Mckay/Reuters

UOL
Terça-feira, 13 de agosto de 2024 às 16:33

Autor: Colunista do UOL

O Al-Ahli, clube saudita, ofereceu a Vinícius Júnior um contrato de cinco anos no valor de 1 bilhão de euros, incluindo salários e bônus. No entanto, o atacante de 24 anos recusou a proposta.

A recusa de Vini Jr. indica que o valor financeiro exorbitante não é o único fator em jogo. A oferta do Al-Ahli representa uma tentativa da Arábia Saudita de melhorar sua imagem internacional, adquirindo influência e reconhecimento por meio do soft power.

Apesar das violações dos direitos humanos, tratamento desigual das mulheres e criminalização da comunidade LGBTQ+ na Arábia Saudita, o país busca se tornar aceitável aos olhos do Ocidente. Financiado pelos lucros massivos de petróleo, o país vê Vini Jr. como um embaixador valioso para sua campanha para sediar a Copa do Mundo de 2034.

Vini Jr. é conhecido não apenas por suas habilidades futebolísticas, mas também por sua luta antirracista e defesa de causas sociais. Sua presença como porta-voz da Arábia Saudita enviaria uma mensagem equivocada, contradizendo suas próprias crenças.

Embora Vini Jr. possa ter recusado a oferta financeira, o Al-Ahli já obteve um retorno ao gerar ampla atenção para a liga saudita e para as ambições do país. Independentemente de aceitar ou não a posição de embaixador, a recusa de Vini Jr. demonstra que valores financeiros não podem comprar tudo, especialmente quando estão alinhados com violações éticas.

O caso de Vini Jr. destaca um dilema crescente na indústria do esporte: até que ponto os atletas devem ser usados para promover ou legitimar regimes autoritários que violam os direitos humanos. Os atletas com plataformas poderosas têm a responsabilidade de usar sua influência para o bem, não para encobrir injustiças.

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