Flamengo tem redução do caixa e aperto financeiro após série de gastos

Sexta-feira, 13 de setembro de 2024 às 09:30

Autor: Colunista do UOL

O Flamengo, que detém uma receita acima de R$ 1 bilhão, enfrentou uma redução significativa em sua disponibilidade de caixa após uma série de gastos nos últimos meses.

Em 30 de junho, o clube possuía R$ 187 milhões em caixa, mas uma parte considerável desse valor era referente a receitas do Maracanã (R$ 120 milhões) e à antecipação de um pagamento da Globo (R$ 56 milhões).

A compra do terreno do Gasômetro por R$ 146 milhões, somada a outras aquisições, como Carlos Alcaraz (R$ 110 milhões) e Gonzalo Plata (R$ 23 milhões), reduziu drasticamente o caixa do clube.

Apesar de o presidente Rodolfo Landim ter prometido recuperar a situação com a venda antecipada de 1.000 cadeiras do futuro estádio, a proposta não foi aprovada pelo Conselho Deliberativo.

A previsão de débito líquido do Flamengo até o final de 2023 era baixa, porém, houve um aumento no passivo circulante, principalmente em adiantamentos.

O déficit registrado no primeiro semestre foi de R$ 79 milhões, principalmente devido a vendas baixas de jogadores e ao pagamento à vista por De La Cruz.

A gestão financeira de Landim sempre priorizou manter um caixa saudável, mas os gastos aceleraram próximo à eleição.

O próximo presidente assumirá um clube com despesas já contratadas e pouca ou nenhuma disponibilidade em caixa.

A dívida do Flamengo até o final de 2023 era baixa (R$ 167 milhões), mas é provável que tenha aumentado com os recentes gastos.

O clube investiu R$ 233 milhões na aquisição de jogadores, o que gerará impactos financeiros nos próximos anos.

A falta de vendas significativas de jogadores pode agravar a situação financeira do clube.

É possível que o Flamengo recorra à sua conta garantida com os bancos BRB e Santander para recompor o caixa.

A manutenção de um caixa saudável é fundamental para o clube evitar problemas com despesas correntes.