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Fla alega 'discriminação' e rejeita cotas a mulheres e negros em comissões

Fla alega 'discriminação' e rejeita cotas a mulheres e negros em comissões

Fla alega 'discriminação' e rejeita cotas a mulheres e negros em comissões

Sede social do Flamengo, na Gávea, Zona Sul do Rio de Janeiro Imagem: Divulgação/Flamengo

UOL
Terça-feira, 18 de junho de 2024 às 19:02

Autor: Do UOL

A Comissão de Estatuto do Flamengo rejeitou uma proposta para criar cotas para mulheres e pessoas negras nas comissões do clube, alegando discriminação. A proposta foi apresentada pela conselheira Marion Konczyk Kaplan, que sugeriu cotas de 10% para esses grupos em todas as comissões.

No entanto, a comissão rejeitou a proposta, argumentando que ela contrariava o artigo 3º do estatuto, que proíbe a discriminação por motivos de raça, sexo, idade ou condição social. A justificativa foi recebida com surpresa e revolta por muitos conselheiros, que apontaram a existência de cotas em diversas outras áreas sem violação da Constituição Federal.

A autora da proposta, Marion Konczyk Kaplan, criticou a postura da comissão, chamando-a de "do século passado". Ela argumentou que as cotas visam nivelar o campo de jogo, oferecendo às mulheres as mesmas oportunidades que os homens para que todos tenham chances iguais.

A justificativa da comissão gerou polêmica internamente, com muitos conselheiros interpretando-a como uma tentativa de manter o status quo e excluir mulheres e pessoas negras das comissões. A Comissão de Estatuto, atualmente, é formada apenas por homens, e o Conselho Deliberativo também é majoritariamente masculino, com mais de 90% de representação.

A Bancada Feminina do Flamengo manifestou repúdio ao parecer da comissão, afirmando que ele é descabido e que as cotas são necessárias para corrigir desequilíbrios e alcançar a igualdade de gênero. O grupo destaca que a inclusão de mulheres é um dever assumido pelo Brasil perante organizações internacionais e que a violência contra a mulher é uma questão grave que deve ser combatida.

A Bancada Feminina pede que a Comissão de Estatuto reconsidere sua decisão e garanta as mesmas oportunidades a todos os membros, independentemente de gênero, por meio de um sistema de cotas temporário. Eles acreditam que isso fortaleceria a comunidade do clube e enviaria uma mensagem clara de que o Flamengo valoriza e respeita a contribuição de todos.

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