Flamengo mira tendência europeia e busca jovens na África; xodó vai ficar

Quinta-feira, 18 de julho de 2024 às 08:00

Autor: Do UOL

O Flamengo expandiu significativamente seu escopo de avaliações de jogadores para as categorias de base, passando de 9 mil para 30 mil anuais desde 2019. Essa iniciativa envolveu o aumento do grupo de olheiros no Brasil, América do Sul e África. O clube identifica o continente africano como um mercado promissor e busca seguir o exemplo de outras grandes equipes globais.

O Flamengo recrutou Ogundana Shola da Nigéria, que chegou ao clube em 2022 após uma viagem de olheiros. O elenco atual inclui três africanos, mas apenas Shola foi resultado direto dessa iniciativa. Hassan Haruna, da Nigéria, chegou por empréstimo do XV de Piracicaba e está sendo negociado com o Al Bataeh. Papa Diop, do Senegal, foi descoberto no Brasil e atualmente joga no sub-10.

O Flamengo visitou o continente africano aproximadamente oito vezes para avaliar atletas e compreender o mercado local. O observador Lucien Souza visitou países como Nigéria, Senegal e Egito.

O clube reconhece a base como um ativo valioso, tanto para o sucesso esportivo quanto financeiro. A ampliação do trabalho de captação na África é vista como uma oportunidade de aumentar a qualidade e o potencial de retorno sobre o investimento.

Vitor Zanelli, vice-presidente de futebol de base, enfatizou a cautela envolvida em processos de contratação de jogadores jovens, destacando que as negociações envolvem as diretorias de base e do profissional.

O Flamengo pretende adquirir 70% dos direitos econômicos de Ogundana Shola por cerca de R$ 2,4 milhões. O Remo Stars, clube nigeriano que detém os direitos atuais, aguarda os documentos para exercer a opção de compra.

Shola tem se destacado no time sub-20 e participou de 16 partidas na atual temporada. Ele marcou quatro gols e deu quatro assistências, incluindo um gol na final da Libertadores sub-20 contra o Boca Juniors.