Estádio, controle e Landim: o que sabemos sobre a SAF do Flamengo

Quarta-feira, 19 de junho de 2024 às 08:00

Autor: Do UOL

O Flamengo avança nos planos de construir seu próprio estádio, e a possibilidade de criar uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF) ganha força. O presidente Rodolfo Landim defende a venda de uma parte do clube para viabilizar o projeto, mas enfrenta oposição dentro do clube.

Landim propõe um modelo semelhante ao do Bayern de Munique, onde o controle do futebol permaneceria com o clube, enquanto uma empresa externa investiria no estádio. Os investidores teriam interesse estratégico, diferentemente dos sócios que compram títulos de ações e buscam lucro.

A diretoria estima que o projeto do estádio custaria cerca de R$ 2 bilhões, e Landim acredita que depender de empréstimos ou recursos do próprio clube prejudicaria sua competitividade ou aumentaria sua dívida.

No entanto, a maioria dos grupos políticos do Flamengo se opõe à ideia da SAF. Eles temem perder o controle do clube ou que a nova empresa divida os lucros do estádio com o clube.

Uma proposta de emenda estatutária foi apresentada por grupos de conselheiros para exigir quóruns qualificados e presença mínima nas votações sobre a aprovação de uma SAF. A emenda também impediria que dirigentes envolvidos na aprovação da SAF assumissem cargos na nova empresa por seis anos.

Landim descarta qualquer cessão do controle do futebol, que continuaria sob responsabilidade do clube. Ele afirma que, se necessário, renunciaria ao cargo de CEO da SAF, mas pretende manter-se ativo na gestão do clube.

Três potenciais candidatos à presidência do clube, Rodrigo Dunshee, Luiz Eduardo Baptista e Maurício Gomes de Mattos, manifestaram-se contra a SAF no Flamengo.

A diretoria do Flamengo continua aberta a discussões e estudos sobre a possibilidade de uma SAF, mas a oposição interna torna o caminho para sua aprovação desafiador.