Como se desenha xadrez eleitoral que decidirá futuro da gestão do Flamengo

Quinta-feira, 20 de junho de 2024 às 08:00

Autor: Colunista do UOL

A eleição para a presidência do Flamengo está ganhando contornos mais intensos com a definição do candidato a sucessão do atual presidente Rodolfo Landim: Rodrigo Dunshee de Abranches. Esta movimentação resultou na formação de duas ou três chapas concorrentes.

Um dos pontos centrais do debate entre os postulantes é o modelo de gestão e profissionalização do futebol. O estatuto do clube, considerado arcaico, precisa de uma reforma urgente, e os candidatos sinalizam a necessidade de mudanças profundas.

Por um lado, Dunshee, Luiz Eduardo Baptista (aliado de Landim) e a oposição liderada por Eduardo Bandeira de Mello concordam com a profissionalização do futebol. No entanto, cada um propõe um formato diferente.

Dunshee sugere que o futebol seja gerido por contratados sem dirigentes amadores, com Diogo Lemos assumindo como vice-presidente de futebol. Bap também defende o profissionalismo, mas seu modelo ainda não está claro. A oposição, por sua vez, tentou aprovar um projeto em que o dirigente do futebol se reportaria diretamente ao Conselho Diretor, sem vice-presidente específico.

Além da gestão do futebol, a governança do clube também é tema de discussão. Alguns defendem a criação de um Conselho de Administração sem vices específicos, para o qual se reportariam os diretores profissionais. Este modelo reduziria o poder do presidente e o submeteria ao crivo de seus pares.

Outro ponto importante é o projeto do estádio próprio, sobre o qual há consenso entre os candidatos. No entanto, o modelo de financiamento para um projeto estimado em R$ 1,5 a 2 bilhões ainda é uma questão a ser definida.

A complexa eleição para presidente do Flamengo conta com um segundo pleito quase tão importante: a presidência do Conselho Deliberativo. Landim, que se candidata a esta posição, terá papel fundamental no processo de reforma do estatuto e na determinação do modelo do novo estádio.