Estádio do Flamengo vira peça-chave em ano eleitoral no clube e no Rio

Terça-feira, 25 de junho de 2024 às 08:00

Autor: Do UOL

A torcida do Flamengo está animada não apenas com a liderança no Campeonato Brasileiro, mas também com a possibilidade cada vez mais próxima de ter um estádio próprio. O assunto tem movimentado os bastidores do clube e da política municipal do Rio de Janeiro.

Dirigentes do Flamengo, como Marcos Braz e Cacau Cotta, posaram ao lado do prefeito Eduardo Paes, demonstrando apoio à desapropriação do terreno do Gasômetro para a construção do estádio. No entanto, a "rivalidade" nas urnas entre Braz e Cotta causou racha na diretoria do clube.

O presidente Rodolfo Landim tem centralizado o projeto, evitando divulgar informações sem seu conhecimento. Ele se candidatará à presidência do Conselho Deliberativo e aproveita a fase para promover o estádio. Cotta participou de reuniões com Paes, enquanto Braz liderará uma comissão da Câmara para cuidar do assunto.

Eduardo Bandeira de Mello, ex-presidente do Fla, também se posicionou a favor do estádio e publicou uma foto com Paes. Rodrigo Dunshee, candidato da situação à presidência do clube, usou o projeto para rejeitar a venda de parte do controle do clube (SAF), tema ligado à viabilização da arena.

O prefeito Eduardo Paes, concorrendo à reeleição, assumiu protagonismo no assunto e desapropriou o terreno do Gasômetro. Ele tem divulgado informações e humor nas redes sociais. No entanto, Marcos Braz apoia Alexandre Ramagem, oponente de Paes na eleição para prefeito.

Todos os envolvidos visam agilizar o processo até outubro, quando ocorrem as eleições municipais e, em dezembro, o pleito no Flamengo. A Prefeitura desapropriou o terreno, que irá a leilão em breve. O Flamengo se considera financeiramente preparado, com dinheiro em caixa e valores a receber pela venda de apartamentos.

O projeto inclui uma praça com estilo fan fest, telões, bares e centro de convenções. A capacidade do estádio é estimada entre 75 mil e 80 mil pessoas. O clube considera essencial a venda dos direitos de nomenclatura para viabilizar a construção.

Ainda há passos a serem dados, como a apresentação do projeto definitivo, modelo de financiamento e aprovação pelo Conselho Deliberativo. O preço do terreno é estimado em R$ 150 milhões.