Local para torcida do Peñarol previa isolamento e teve 'ok' de consulado

Sexta-feira, 25 de outubro de 2024 às 09:30

Autor: Do UOL

A Praia do Pontal, no Recreio, foi escolhida pela Polícia Militar, com consentimento do consulado uruguaio, como ponto de concentração dos torcedores do Peñarol antes da partida contra o Botafogo, no Nilton Santos.

Apesar da oposição da associação de moradores e alternativas sugeridas pela Prefeitura do Rio, o planejamento de segurança previa até três ônibus com torcedores, mas três ônibus adicionais não anunciados chegaram e causaram confusões.

O efetivo policial inicial foi considerado insuficiente, e as brigas e vandalismo começaram por volta das 12h, estendendo-se por uma hora e meia. O Batalhão de Choque foi acionado para conter os uruguaios.

O secretário estadual de Segurança Pública, Victor Santos, admitiu falhas no planejamento e se responsabilizou pelo caos, afirmando ter subestimado a torcida do Peñarol.

Dois quiosques foram destruídos, cinco motos incendiadas, uma guarderia de pranchas queimada e um carro apedrejado, entre outros prejuízos.

O prefeito Eduardo Paes criticou a escolha pela Praia do Pontal, alegando que a Prefeitura havia alertado sobre os riscos e sugerido o Parque dos Atletas como alternativa mais isolada. A PM, no entanto, teria rejeitado a ideia.

Vinte torcedores do Peñarol foram presos e autuados por crimes como porte de arma, racismo, roubo, associação criminosa, incêndio e resistência à prisão. Eles permanecerão presos até a audiência de custódia. Outros dois torcedores foram presos e transferidos para a Vara da Infância e da Juventude.

Os demais detidos foram escoltados para fora do Rio e responderão por artigos do Estatuto do Torcedor.

A escolha pela Praia do Pontal foi questionada por moradores e autoridades, que alertaram sobre os riscos de violência e vandalismo. A segurança pública continua sendo uma preocupação para os eventos esportivos na cidade do Rio de Janeiro.