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King Kong Fran: ser mulher no futebol não é tão diferente do circo

King Kong Fran: ser mulher no futebol não é tão diferente do circo

King Kong Fran: ser mulher no futebol não é tão diferente do circo

Cena da peça "King Kong Fran", de Rafaela Azevedo Imagem: Bruna Latini/Divulgação

UOL
Segunda-feira, 27 de maio de 2024 às 17:05

Autor: Colunista do UOL

A peça "King Kong Fran", aclamada pelas feministas, oferece um retrato inquietante da experiência feminina em ambientes machistas, como o circo e, por extensão, o esporte.

A objetificação, a violência e os comentários condescendentes atormentam as mulheres, mesmo daqueles que se consideram "desconstruídos" ou "esquerdomachos". As interrupções frequentes, a desqualificação das opiniões femininas e a necessidade de sempre ter a última palavra são táticas comuns usadas para silenciar as mulheres.

Nos programas esportivos, a virulência das reações quando as mulheres discordam dos homens, a necessidade de interrompê-las e a dificuldade em permitir que concluam seus raciocínios são evidências da discriminação sutil que as mulheres enfrentam.

Além disso, a diversidade na mídia esportiva é limitada a homens brancos e heterossexuais, enquanto as mulheres e grupos minoritários são sub-representados. Enquanto os homens podem se apresentar despreparados ou descuidados, as mulheres enfrentam críticas implacáveis se não se conformarem a um ideal de beleza tradicional.

Presenciar a peça "King Kong Fran" pode ser um despertar para os homens, pois lhes permite experimentar indiretamente a violência e o trauma enfrentados pelas mulheres. No entanto, os privilégios masculinos persistem, permitindo que os homens vivam relativamente livres de medo e ansiedade, enquanto as mulheres são constantemente vigiadas e culpabilizadas.

A autora sugere que a experiência de ser homem é caracterizada por liberdade, conveniência e segurança, enquanto ser mulher implica medo e limitações. Essa dicotomia injusta destaca a necessidade urgente de desafiar as normas patriarcais e criar uma sociedade mais equitativa para todos.

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