Flamengo não toma várias medidas necessárias e corre mais risco com estádio

Quarta-feira, 31 de julho de 2024 às 09:30

Autor: Colunista do UOL

O Flamengo aprovou a participação no leilão do terreno do Gasômetro para a construção de seu estádio próprio. No entanto, um artigo do professor Fabrício Chicca alerta para os riscos envolvidos no projeto.

A Fase 1 do projeto apresenta lacunas significativas em informações cruciais, como valores, contaminação do terreno e viabilidade financeira. A hipótese de que os custos de descontaminação sejam semelhantes aos do Terminal Gentileza é negligente, pois a contaminação do Gasômetro é mais complexa em determinadas áreas.

A estimativa de sete anos e meio para a construção do estádio é irrealista, pois depende de aprovações e documentação que podem atrasar o processo. A Fase 2 do projeto, que definiria a capacidade do estádio, é omitida, tornando o custo estimado de construção frágil.

O plano operacional do entorno nos dias de jogos, essencial para a aprovação do projeto, também está ausente. Isso pode resultar em custos adicionais, como aconteceu com a Arena MRV.

O autor critica a falta de uma estratégia conservadora, com um custo máximo definido e um plano financeiro para cobrir essa despesa. Exemplos internacionais, como o Allianz Arena, mostram a importância de parcerias e planejamento cuidadoso.

O autor alerta que, se o excesso de otimismo persistir, será necessário um realinhamento profissional do processo. É preciso minimizar os riscos, pois o endividamento pode prejudicar o clube a longo prazo.

Para isso, é essencial reconhecer os problemas e tomar medidas para contorná-los. O sucesso do projeto do estádio depende da cautela e do planejamento realista, não da crença cega de que tudo dará certo.